Superman

É famosa a história de Siegel e Shuster. Em 1935 os dois estudantes criaram uma série de tiras que foram recusadas por todos os syndicates norte-americanos por serem fantásticas de mais. “O público nunca engolirá está história” diziam os editores.
Liebowitz, editor da primeira revista de histórias completas, resolveu comprar o personagem e editá-lo em formato comics em uma aventura da Action Comics. O sucesso foi instantâneo. Em menos de um ano o personagem já tinha uma revista própria com tiragem de 1.400.000 exemplares.
O super-Homem reformulou o conceito de herói e abriu uma nova era: a era de ouro dos quadrinhos.
A partir de então todos os heróis criados tinham que ter superpoderes. O Super-Homem se transformou no grande símbolo e exemplo da era. Rendeu uma fortuna. Virou filme (por diversas vezes), séries de TV, desenhos animados e gerou um lucro fabuloso. Foi responsável pelo primeiro megacachê do cinema (Marlon Brando que cobrou 7 milhões de dólares por uma breve aparição no primeiro filme em que Christopher Reeve fez o Homem de Aço).
Tornou-se mais conhecido do que Jesus Cristo. Nos quadrinhos, liderou a Liga da Justiça na fase de ouro. Mas teve sua história reformulada por John Byrne, que inverteu o papel de super-herói após a nova era fundada nos anos 1980 por Cavaleiro das Trevas. Na fase nova, o Super-Homem não consegue vencer o magnata Lex Luthor. Suas histórias são uma eterna tentativa de desmascará-lo. Extremamente crítico, John Byrne colocou o herói como um ingênuo idealista incapaz de fazer qualquer coisa fora do seu rigor ético. E por isso mesmo incapaz de vencer o poder do capital. Mas tanto melhor, pois se George Lucas estiver certo, ceder ao lado negro da força corrompe a alma. O que seria do Super-Homem se ele permitisse a si um pequeno deslize ético? Provavelmente se tornaria um perigoso tirano em um curto período de tempo. Ei, será que há alguma metáfora com a hegemonia americana no mundo?

Só para constar: o pobre Super-Homem também foi atingido pela tirania da Image (desenho em detrimento do argumento) e passou por uma fase terrível na qual morreu, ressuscitou, se tornou quatro, voltou a ser um e hoje se recupera de um tenebroso inverno.

Da história do Homem de Aço, o mais triste foi o fim de Siegel e Shuster que mal viram a cor do dinheiro gerado por sua criação. O primeiro morreu cego com uma mísera pensão de 20 mil dólares anuais. Ainda assim por pressão dos fãs na Warner Brothers, atual proprietária dos direitos do personagem. Shuster, por ironia da vida, terminou sendo entregador do correio. Muitas vezes levava encomendas para o prédio da DC, no qual novos artistas desenhavam o personagem por ele criado. Faleceu em julho de 1992.

1 comentários:

Anônimo disse...

Bom Desenho ! Nota 1000

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